O socol é um embutido artesanal capixaba com Indicação Geográfica, produzido em Venda Nova do Imigrante seguindo técnicas tradicionais italianas de mais de 100 anos. Feito com cortes nobres de porco, cura natural e temperos especiais, ganhou selo IG em 2022 por sua qualidade única, valorizando a produção local e atraindo turismo gastronômico para a região.
Já imaginou um embutido que carrega mais de um século de história? O socol, produzido em Venda Nova do Imigrante, é uma iguaria artesanal que conquistou até o selo de Indicação Geográfica. Vem conhecer essa delícia!
A tradição do socol: um legado familiar
O socol é mais que um embutido – é um legado que atravessa gerações. Famílias de Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo, mantêm viva a receita trazida por imigrantes italianos no século XIX. A técnica artesanal passa de pais para filhos, com cortes precisos da carne suína, temperos naturais e um longo processo de cura.
O segredo está nos detalhes
O socol capixaba usa apenas partes nobres do porco, como o pernil e o lombo. A carne é desfiada manualmente, misturada com vinho, alho e pimenta-do-reino, depois prensada em tripa natural. A cura lenta (até 40 dias!) em ambientes controlados garante o sabor único.
Dona Maria, 82 anos, conta que aprendeu com o avô: ‘Na época, não tinha geladeira. A gente curava no fumeiro, com madeira de café. Hoje meu neto faz igual, mas com técnicas modernas pra garantir a qualidade’.
Um patrimônio cultural
Em 2022, o socol ganhou o selo de Indicação Geográfica, reconhecendo sua ligação com a região. São 27 produtores artesanais registrados, que seguem o caderno de especificações com regras rígidas – desde a raça dos porcos até o tempo mínimo de maturação.
O selo de Indicação Geográfica e seu impacto
O selo de Indicação Geográfica (IG) foi um marco para o socol capixaba. Esse reconhecimento, concedido em 2022, comprova que o produto só pode ser feito em Venda Nova do Imigrante, seguindo técnicas tradicionais. Resultado: valorização em até 30% no preço final.
Como o selo mudou a produção
Para conseguir a IG, os produtores precisaram criar um caderno técnico com regras rígidas: desde a raça dos porcos (Moura ou Piau) até o tempo mínimo de cura (30 dias). Agora, toda produção é fiscalizada por um conselho regulador.
Seu João, produtor há 40 anos, explica: ‘Antes, cada um fazia do seu jeito. Hoje temos padrão de qualidade, embalagem especial e até rótulo numerado. O consumidor sabe que está levando o verdadeiro socol’.
Impacto na economia local
Desde a certificação, o turismo gastronômico na região cresceu 25%. Restaurantes oferecem degustações e há roteiros para conhecer as fábricas artesanais. A prefeitura criou até uma feira anual do socol, que atrai mais de 10 mil visitantes.
O próximo passo? Os produtores buscam agora o reconhecimento internacional, com projetos para exportar para países como Itália e Portugal.
FAQ – Perguntas frequentes sobre o socol e seu selo de Indicação Geográfica
O que é o socol?
O socol é um embutido artesanal de origem italiana, feito com carne suína nobre e temperos naturais, produzido tradicionalmente em Venda Nova do Imigrante, ES.
Por que o socol recebeu o selo de Indicação Geográfica?
O selo foi concedido por ser um produto único, com técnicas de produção tradicionais que só podem ser reproduzidas naquela região, garantindo autenticidade e qualidade.
Quais as regras para um produto ser considerado socol autêntico?
Deve usar carne de porcos das raças Moura ou Piau, ter no mínimo 30 dias de cura, ser produzido em Venda Nova do Imigrante e seguir todas as especificações do caderno técnico.
Onde posso comprar o socol original?
Em mercados especializados de Venda Nova do Imigrante ou em feiras gastronômicas da região. O produto autêntico tem embalagem especial com selo e numeração.
Qual a diferença entre o socol e outros embutidos?
O socol tem textura mais firme, sabor mais intenso e processo artesanal único, com desfio manual da carne e cura natural, diferente de produtos industrializados.
O selo IG trouxe benefícios para a região?
Sim! Aumentou o valor do produto em 30%, impulsionou o turismo gastronômico e criou a Feira Anual do Socol, que atrai milhares de visitantes.
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